Sociedade Espírita Farol de Luz. Holguín, Cuba
Léon Denis, na introdução de No Invisível, nos recorda que “O Espiritismo será o que dele fizerem os homens”. Esta afirmação, carregada de significado, nos convida a refletir sobre a responsabilidade que temos como cultivadores da doutrina espírita. A metáfora da gota de chuva que pode se tornar pérola ou lodo dependendo do lugar onde cair, nos mostra que o destino do Espiritismo depende da fidelidade e da altura espiritual com que o praticamos e difundimos.
Allan Kardec definiu o Espiritismo como uma doutrina de triplo aspecto: ciência, filosofia e moral. A ciência espírita estuda os fenômenos mediúnicos com método e rigor, buscando leis universais; a filosofia interpreta esses fenômenos para responder às grandes questões sobre a alma, a justiça divina e a evolução moral; e a moral oferece uma ética prática baseada no ensino dos Espíritos superiores, que nos chama à caridade, à fraternidade e à responsabilidade. Reduzir o Espiritismo apenas à experimentação física é amputar seu sentido mais profundo. O próprio Kardec insistiu que os fatos são importantes, mas o essencial é o ensino moral que deles se depreende.
Denis alerta com preocupação sobre a tendência de certos adeptos de “se confinarem na investigação exclusiva do fenômeno físico”. Esse desvio transforma a doutrina em espetáculo ou curiosidade, afastando-a de sua missão regeneradora. O vulgar é a fascinação pelo extraordinário, a busca por provas materiais, o desejo de sensacionalismo. O sublime, em contraste, é a elevação do pensamento, a inspiração moral e a transformação íntima do ser humano. Quando o Espiritismo se reduz ao primeiro, degrada-se em lama; quando se cultiva o segundo, transforma-se em pérola que ilumina a consciência.
Hoje, em nossas comunidades, cultivamos uma visão do Espiritismo que busca reafirmar a raiz kardecista, evitando sincretismos que diluam sua identidade filosófica; projetar a doutrina como filosofia racional e ética dentro do âmbito acadêmico e cultural; produzir mensagens e testemunhos que ressoem na sensibilidade humana; e fomentar espaços de encontro onde a diversidade de interpretações se harmonize em torno de princípios comuns de fraternidade e progresso. Denis continua atual: nos lembra que o verdadeiro valor do Espiritismo não está na curiosidade pelo invisível, mas na capacidade de transformar o visível — a vida cotidiana, as relações humanas, a sociedade — através da ética espírita.
O Espiritismo, como toda filosofia, não existe no abstrato: vive na prática de quem o assume. A gota de chuva mencionada por Denis é símbolo da nossa responsabilidade. Se a doutrina cai em corações abertos à verdade e à caridade, transforma-se em pérola que ilumina; se se reduz a espetáculo ou curiosidade, degrada-se em lama que obscurece.
Por isso, os adeptos do Espiritismo assumem hoje uma responsabilidade decisiva: a de difundir a doutrina com lucidez, fidelidade e altura moral, fiéis aos ensinamentos extraídos das obras de Allan Kardec. Não basta conservar a letra; é necessário encarnar o espírito do ensinamento, projetar sua ética na vida social e pessoal, e evitar que se banalize no meramente fenomenológico.
A pergunta que Denis nos deixa em aberto continua ressoando com força em nosso tempo: O que vamos fazer do Espiritismo hoje? A resposta não está nos fenômenos, mas na nossa capacidade de viver e difundir a doutrina como filosofia de progresso, como ética de fraternidade e como caminho de elevação espiritual.
El Espiritismo entre la perla y el fango: una reflexión desde León Denis y la Filosofía Kardeciana
Walter Pérez Vila.
Sociedade Espírita Farol de Luz. Holguín, Cuba
Léon Denis, na introdução de No Invisível, nos recorda que “O Espiritismo será o que dele fizerem os homens”. Esta afirmação, carregada de significado, nos convida a refletir sobre a responsabilidade que temos como cultivadores da doutrina espírita. A metáfora da gota de chuva que pode se tornar pérola ou lodo dependendo do lugar onde cair, nos mostra que o destino do Espiritismo depende da fidelidade e da altura espiritual com que o praticamos e difundimos.
Allan Kardec definiu o Espiritismo como uma doutrina de triplo aspecto: ciência, filosofia e moral. A ciência espírita estuda os fenômenos mediúnicos com método e rigor, buscando leis universais; a filosofia interpreta esses fenômenos para responder às grandes questões sobre a alma, a justiça divina e a evolução moral; e a moral oferece uma ética prática baseada no ensino dos Espíritos superiores, que nos chama à caridade, à fraternidade e à responsabilidade. Reduzir o Espiritismo apenas à experimentação física é amputar seu sentido mais profundo. O próprio Kardec insistiu que os fatos são importantes, mas o essencial é o ensino moral que deles se depreende.
Denis alerta com preocupação sobre a tendência de certos adeptos de “se confinarem na investigação exclusiva do fenômeno físico”. Esse desvio transforma a doutrina em espetáculo ou curiosidade, afastando-a de sua missão regeneradora. O vulgar é a fascinação pelo extraordinário, a busca por provas materiais, o desejo de sensacionalismo. O sublime, em contraste, é a elevação do pensamento, a inspiração moral e a transformação íntima do ser humano. Quando o Espiritismo se reduz ao primeiro, degrada-se em lama; quando se cultiva o segundo, transforma-se em pérola que ilumina a consciência.
Hoje, em nossas comunidades, cultivamos uma visão do Espiritismo que busca reafirmar a raiz kardecista, evitando sincretismos que diluam sua identidade filosófica; projetar a doutrina como filosofia racional e ética dentro do âmbito acadêmico e cultural; produzir mensagens e testemunhos que ressoem na sensibilidade humana; e fomentar espaços de encontro onde a diversidade de interpretações se harmonize em torno de princípios comuns de fraternidade e progresso. Denis continua atual: nos lembra que o verdadeiro valor do Espiritismo não está na curiosidade pelo invisível, mas na capacidade de transformar o visível — a vida cotidiana, as relações humanas, a sociedade — através da ética espírita.
O Espiritismo, como toda filosofia, não existe no abstrato: vive na prática de quem o assume. A gota de chuva mencionada por Denis é símbolo da nossa responsabilidade. Se a doutrina cai em corações abertos à verdade e à caridade, transforma-se em pérola que ilumina; se se reduz a espetáculo ou curiosidade, degrada-se em lama que obscurece.
Por isso, os adeptos do Espiritismo assumem hoje uma responsabilidade decisiva: a de difundir a doutrina com lucidez, fidelidade e altura moral, fiéis aos ensinamentos extraídos das obras de Allan Kardec. Não basta conservar a letra; é necessário encarnar o espírito do ensinamento, projetar sua ética na vida social e pessoal, e evitar que se banalize no meramente fenomenológico.
A pergunta que Denis nos deixa em aberto continua ressoando com força em nosso tempo: O que vamos fazer do Espiritismo hoje? A resposta não está nos fenômenos, mas na nossa capacidade de viver e difundir a doutrina como filosofia de progresso, como ética de fraternidade e como caminho de elevação espiritual.
El Espiritismo entre la perla y el fango: una reflexión desde León Denis y la Filosofía Kardeciana
Walter Pérez Vila.
Sociedad Espiritista Faro de Luz. Holguín Cuba
León Denis, en la introducción de En lo invisible, nos recuerda que “El Espiritismo será lo que de él hagan los hombres”. Esta afirmación, cargada de sentido, nos invita a reflexionar sobre la responsabilidad que tenemos como cultivadores de la doctrina espírita. La metáfora de la gota de lluvia que puede convertirse en perla o en fango según el lugar donde caiga, nos muestra que el destino del Espiritismo depende de la fidelidad y la altura espiritual con que lo practiquemos y difundamos.
Allan Kardec definió el Espiritismo como una doctrina de triple aspecto: ciencia, filosofía y moral. La ciencia espírita estudia los fenómenos mediúmnicos con método y rigor, buscando leyes universales; la filosofía interpreta esos fenómenos para responder a las grandes preguntas sobre el alma, la justicia divina y la evolución moral; y la moral ofrece una ética práctica basada en la enseñanza de los Espíritus superiores, que nos llama a la caridad, la fraternidad y la responsabilidad. Reducir el Espiritismo únicamente a la experimentación física es amputar su sentido más profundo. Kardec mismo insistió en que los hechos son importantes, pero lo esencial es la enseñanza moral que de ellos se desprende.
Denis advierte con inquietud la tendencia de ciertos adeptos a “aconfinarse en la indagación exclusiva del fenómeno físico”. Esta desviación convierte la doctrina en espectáculo o curiosidad, alejándola de su misión regeneradora. Lo vulgar es la fascinación por lo extraordinario, la búsqueda de pruebas materiales, el deseo de sensacionalismo. Lo sublime, en cambio, es la elevación del pensamiento, la inspiración moral y la transformación íntima del ser humano. Cuando el Espiritismo se reduce a lo primero, se degrada en fango; cuando se cultiva lo segundo, se transforma en perla que ilumina la conciencia.
Hoy, en nuestras comunidades, cultivamos una visión del Espiritismo que busca reafirmar la raíz kardeciana, evitando sincretismos que diluyan su identidad filosófica; proyectar la doctrina como filosofía racional y ética dentro del ámbito académico y cultural; producir mensajes y testimonios que resuenen en la sensibilidad humana; y fomentar espacios de encuentro donde la diversidad de interpretaciones se armonice en torno a principios comunes de fraternidad y progreso. Denis sigue siendo actual: nos recuerda que el verdadero valor del Espiritismo no está en la curiosidad por lo invisible, sino en la capacidad de transformar lo visible —la vida cotidiana, las relaciones humanas, la sociedad— a través de la ética espírita.
El Espiritismo, como toda filosofía, no existe en abstracto: vive en la práctica de quienes lo asumen. La gota de lluvia que menciona Denis es símbolo de nuestra responsabilidad. Si la doctrina cae en corazones abiertos a la verdad y la caridad, se convierte en perla que ilumina; si se reduce a espectáculo o curiosidad, se degrada en fango que oscurece.
Por ello, los adeptos del Espiritismo asumen hoy una responsabilidad decisiva: la de difundir la doctrina con lucidez, fidelidad y altura moral, fieles a las enseñanzas extraídas de las obras de Allan Kardec. No basta con conservar la letra; es necesario encarnar el espíritu de la enseñanza, proyectar su ética en la vida social y personal, y evitar que se trivialice en lo meramente fenomenológico.
La pregunta que Denis nos deja abierta sigue resonando con fuerza en nuestro tiempo: ¿Qué vamos a hacer del Espiritismo hoy? La respuesta no está en los fenómenos, sino en nuestra capacidad de vivir y difundir la doctrina como filosofía de progreso, como ética de fraternidad y como camino de elevación espiritual.
