Possível relação entre mediunidade e genética



O pesquisador Wagner Farid Gattaz
Artigo publicado no Jornal Brasileiro de Psiquiatria relata um estudo inédito – uma análise de sequenciamento completo do exoma de médiuns altamente dotados -, realizado entre 2020 e 2021, que investiga a possíveis relações entre genética e mediunidade. Os pesquisadores Wagner Farid Gattaz, Marianna de Abreu Costa, Angélica Salatino-Oliveira, Daniel Gaspar Gonçalves, Leda L. Talib e Alexander Moreira-Almeida analisaram o DNA de 54 médiuns com experiência de mais de dez anos, sem nenhum benefício material, e os compararam a 53 familiares não médiuns para descobrir diferenças entre os seus genes e os de pessoas não portadoras de mediunidade. Os pesquisadores encontraram mais de 15 mil alterações genéticas existentes exclusivamente nos médiuns, afetando mais de 7 mil genes dentre os quais 33 apareceram alterados em pelo menos um terço dos médiuns pesquisados, mas não existentes nos familiares não médiuns.Todos passaram por um processo de sequenciamento completo do exoma, um tipo de análise genética detalhada, para identificar quais são as diferenças entre os dois grupos.

O estudo também incluiu outros 12 médiuns sem parentes na pesquisa, para validar os achados. Além do DNA, os participantes também responderam a questionários sobre qualidade de vida e suas experiências mediúnicas.

Os pesquisadores reforçam que as experiências mediúnicas não estão associadas a transtornos mentais. Tampouco provam que a mediunidade tem origem exclusivamente genética, mas apontam para possíveis influências biológicas. Como esta foi a primeira pesquisa do tipo, os próprios autores ressaltam que mais estudos são necessários para confirmar as descobertas.

Conclusão da pesquisa: “Esta é a primeira investigação em todo o exoma [porção do DNA que contém a informação necessária para a produção de proteínas] de genes possivelmente relacionados a experiências mediúnicas. Identificamos variantes genéticas [33 genes] que são apresentadas em médiuns, mas não em seus parentes não médiuns de primeiro grau. Esses genes surgem como possíveis candidatos para investigações posteriores dos fundamentos biológicos que permitem experiências espirituais, como a mediunidade.”

Para ler o artigo, em inglês:
https://cdn.publisher.gn1.link/bjp.org.br/pdf/bjp3958.pdf

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